Hoje eu tinha uma reunião marcada
com a minha sensibilidade
e com meu coração-poeta.
Tinha até a pauta:
aquele poema novo
que há tempos dorme à vontade,
dentro de mim.
Combinamos de dar-lhe forma.
Eu tinha pressa em alinhavá-lo,
conectar suas pontas soltas com minha agulha,
que tem cara de verbos e conjunções.
Mas de tão atarefada,
-- e imersa em afazeres
que todos os dias
me roubam os olhos --,
cheguei atrasada,
sem caneta, sem nada...
e o encontro se frustrou.
Poemas despretensiosos sobre margaridas, manhãs de sol e tudo mais o que encanta as minhas pobres retinas.
23 de novembro de 2007
8 de novembro de 2007
Clara

Com seus olhos curiosos
escondidos atrás de duas lentes,
Clara observa o mundo,
que se desenrola à sua frente.
Seu cabelo liso, castanho,
desce até os seus ombros,
sempre impecável,
enfeitado com fitas.
Clara é doce,
menina quieta,
ressabiada.
Que ternos são seus olhos tão grandes.
Ilustração: Bruno Assad
4 de novembro de 2007
Marina
Na ponta do pé
equilibra
a leve Marina.
No centro do palco
ela gira
sob o foco de luz
com os braços pra cima.
Depois com um salto,
ela voa bem alto,
rompendo limites.
E assim aterriza,
qual equilibrista,
e recebe os aplausos.
1 de novembro de 2007
Soul-searching
Quando eu não sei as respostas,
eu entro em modo de espera.
Fico em silêncio profundo,
no mais sublime respeito,
às minhas dúvidas.
Me enterro dentro de mim -
caço lá no fundo os meus postulados,
e revejo todas as minhas regras de inserção lexical.
E assim, combino, palavra após palavra,
aquela que será minha posição.
eu entro em modo de espera.
Fico em silêncio profundo,
no mais sublime respeito,
às minhas dúvidas.
Me enterro dentro de mim -
caço lá no fundo os meus postulados,
e revejo todas as minhas regras de inserção lexical.
E assim, combino, palavra após palavra,
aquela que será minha posição.
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