Pobre Catarina!
Todos se assustam com a coitada da menina!
Desengonçada,
finca os pés descalços no chão.
Enfiada num vestido sem graça,
gira sozinha, ao som de um baião.
De cara lavada,
sobrancelhas e unhas por aparar,
dança Catarina.
Os cabelos soltos, encrespados pelo vento
que traz a maresia do mar.
Quando abre a boca,
Catarina não sabe o que falar.
Apenas explode num sorriso ingênuo,
vira o rosto e se põe a andar.
E os estranhos, vendo isso, não sabem o que pensar.
Pobre Catarina,
Não entendem o senso de humor da pobre menina!