Atrás dos meus olhos voa uma imagem,
E eu corro atrás dela,
no afã de capturá-la em palavras.
Ela esvoaça qual borboleta livre,
Faz pousos curtos e momentâneos.
E eu atrás, silente,
esperando que ela não se espante.
Papel em branco, convite à escrita.
Uma imagem que voa fugaz.
É tudo que tenho pra tecer meu poema,
minha pena é meu puçá.
Borboleta na rede, alegria do escritor!
É hora de começar a fiar.
Neste momento, o escrito e o visível se fundem
Numa teia de grafemas, sons e imagens,
em versos que entrelaçam
fotografia, arte e linguagem.