11 de setembro de 2005

Versos Íntimos

Eu quis apenas escrever alguns versos tímidos,
Imaginando que o leitor pudesse se enxergar neles.
E era só esse o meu desejo: uns versos bem simples.
Que, quem sabe, pudessem fazer algum sentido.

E lancei-os ao vento,
pra quem quisesse ler,
pra quem ousasse olhar.

E é só isso: não tenho outras pretensões.
Minhas rimas não são ricas,
nem tenho ferramenta de artesão.

Meus versos são tímidos.
Feitos de matéria real.
Não falo de um mundo invisível.
Faço cópia, falo de espelho.
Falo do que sou, falo do que sinto.

1 de setembro de 2005

Ciranda de Bonecas

O convite para a valsa,
me pegou de surpresa,
pois eu não sei dançar.

A melodia vem suave, mas
só de imaginar-me sinto tonta,
desse girar constante do meu pensar.

Baile de máscaras,
Um castelo.
Quem és, eu não sei.

Mas sinto.
E leio.
E tenho medo de me arriscar.