Para o Fabão.
Porque esse poema surgiu numa conversa com ele,
e talvez só faça sentido para ele.
Entrou desapontada,
ligou a música em volume alto,
pregou os olhos no travesseiro,
Chorou.
Lembrou-se das palavras dele,
E, jogada na cama,
juntou-as aos pensamentos mudos,
que sequer externou.
Repassou na mente os dizeres ensaiados
colegas de sonhos e desejos secretos,
que só seu coração conheceu.
E depois, como que para se consolar
daquela perda,
suspirou –
vai ver ele não gosta de baixinhas.