19 de julho de 2007

Balada

O meu amor mora perto de mim
e sequer me vê passar
airosa e destemida
pelas nossas ruas.

Eu faço charme -
escondo e revelo sorrisos.
Meu amor tem todas as minhas faces.

Meu amor não vê
meus rodopios na ponta do pé,
nem lê as voltas que faço,
na ponta da caneta.
Não ouve minhas melodias.
Desconhece os seus efeitos sobre mim.

O meu amor não sabe o quanto planejei;
sequer imagina com quanto capricho
fiz os meus cálculos,
para trombarmos naquela esquina.

Meu amor sequer sonha
as tantas vezes que disquei o seu número,
e desliguei antes de o telefone tocar.

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