20 de fevereiro de 2006

Atrás dos olhos

Atrás dos meus olhos voa uma imagem,
E eu corro atrás dela,
no afã de capturá-la em palavras.
Ela esvoaça qual borboleta livre,
Faz pousos curtos e momentâneos.
E eu atrás, silente,
esperando que ela não se espante.

Papel em branco, convite à escrita.
Uma imagem que voa fugaz.
É tudo que tenho pra tecer meu poema,
minha pena é meu puçá.

Borboleta na rede, alegria do escritor!
É hora de começar a fiar.
Neste momento, o escrito e o visível se fundem
Numa teia de grafemas, sons e imagens,
em versos que entrelaçam
fotografia, arte e linguagem.

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