29 de outubro de 2005

Pobre Catarina!

Pobre Catarina!
Todos se assustam com a coitada da menina!

Desengonçada,
finca os pés descalços no chão.
Enfiada num vestido sem graça,
gira sozinha, ao som de um baião.

De cara lavada,
sobrancelhas e unhas por aparar,
dança Catarina.
Os cabelos soltos, encrespados pelo vento
que traz a maresia do mar.

Quando abre a boca,
Catarina não sabe o que falar.
Apenas explode num sorriso ingênuo,
vira o rosto e se põe a andar.

E os estranhos, vendo isso, não sabem o que pensar.

Pobre Catarina,
Não entendem o senso de humor da pobre menina!

Um comentário:

Unknown disse...

Ah... basta-me ler e sua voz vem doce aos meus ouvidos...

Não sei qual é mais agradável: se a letra, a melodia, ou seu cantar aveludado!

SMAK