9 de julho de 2005

Ambigua-idade

O que há nesse seu jeito que me espanta?
O que há no seu sussurro que me irrita?
In-versos você me fala toda vez
Enigma doce e amargo que me faz doer.

Mas se quer que eu entenda, pra quê mistério?
Se quer que eu mude, por que não diz?
Comporta-se como homem e menino
Torna mel e doçura em momentos gris.

Se está tudo claro, pra quê trovão?
Se estamos de bem, pra quê intriga?
Bate o pé, começa a briga.
Cai em si, pede perdão.

Quedo perplexa frente a isso
Fico muda, sem saber reagir
Minha inexpressividade lhe irrita
Meu silêncio lhe seduz.

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